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Abertura da 1ª Conferência Estadual de Vigilância da Saúde aponta caminhos para o SUS

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Uma avaliação dos 30 anos do Sistema Único de Saúde (SUS) e os desafios de fortalecer o modelo proposto pela Constituição Federal, que prevê um atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais. Esses pontos nortearam o Momento de Prosa da abertura 1ª Conferência Estadual de Vigilância em Saúde da Bahia, na noite de ontem (06), no Hotel Fiesta, em Salvador.

A discussão começou após o secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas, abrir oficialmente o evento e dar as boas vindas ao público. "O governo defende uma mudança do modelo de saúde voltado ao cuidado individual para um modelo de redução dos riscos das doenças e outros agravos, da promoção e prevenção da saúde individual, e de toda a sociedade", declarou o gestor.

O médico sanitarista e ex-ministro da Saúde Arthur Chioro, o presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Ricardo Mendonça e o professor da Ufba e Phd em epidemiologia Naomar Almeida participaram do debate, com a mediação da servidora da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Edvânia Landim.

Conquistas - Para Chioro, o SUS é uma conquista sem precedentes. "O SUS representa um projeto civilizatório. Uma política pública extremamente solidária", pontua. Ele acha pouco o valor destinado ao SUS diante das inúmeras atribuições do sistema. "O SUS, no ano passado, juntou R$ 3 reais por cidadão por dia para tratar da vacina ao transplante", destaca.

Apesar dos problemas existentes no SUS, Naomar Almeida destaca o avanço no setor de saúde do Brasil após a criação do sistema. "É preciso uma política social robusta para garantir promoção, prevenção e proteção à saúde e a gente aprendeu a fazer isso nos últimos 30 anos. O Brasil conseguiu tornar real um conceito difuso de promoção, prevenção e proteção à saúde", afirma.

Chioro ainda destacou que o modelo de saúde individual é uma ameaça ao SUS. "O que vemos é uma desmontagem do SUS. O jeito de viver, adoecer e morrer do brasileiro vai ser resolvido com consultas populares?", questiona. "Não podemos ter uma agenda estadual ou nacional que promova a diferença entre a assistência e a promoção e proteção da Saúde", completa.

Ricardo Mendonça lembrou a importância da valorização dos trabalhadores de saúde para o fortalecimento do SUS. "Existe o problema da realização de concursos e não há um piso para a categoria", frisou.

Também participaram da abertura do evento a Superintendente de Vigilância e Proteção da Saúde, Rívia Barros, o deputado federal Jorge Solla, o representante do Conselho Nacional de Saúde, Moisés Toniolo, o vice-presidente do Cosems, Hassan Youssef, o defensor público Gil Braga e a deputada estadual Fabíola Mansur.

Música - A programação cultural da cerimônia de abertura do evento contou com apresentações musicais do bloco afro Ilê Aiyê, da Banda de Boca e do cantor Cinho Damatta. O evento vai reunir 1.200 profissionais da área de saúde e vigilância em saúde de todo o Estado, até o dia 9 de novembro. O objetivo principal é que a promoção, proteção e prevenção ocupem no SUS o mesmo patamar e recebam a mesma importância que a recuperação e a assistência em saúde.

Discussões - O eixo central da conferência que orientará as discussões será "Vigilância em Saúde: Direito, Conquista e Defesa de um SUS Público de Qualidade".

Durante os quatro dias, os debates serão divididos em quatro eixos temáticos: O Lugar da Vigilância em Saúde no SUS; Responsabilidades do Estado e dos Governos com a Vigilância em Saúde; Saberes, Práticas, Processos de Trabalho e Tecnologias na Vigilância em Saúde e Vigilância em Saúde participativa e democrática para Enfrentamento das Iniquidades Sociais em Saúde.

Estarão em debate 168 propostas, 98 delas de âmbito estadual e 70 nacional. Doze serão escolhidas após votação para serem enviadas para a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde, a ser realizada no mês de dezembro, em Brasília. O restante das contribuições servirão para formulação da Política Estadual de Vigilância em Saúde.

Na conferência estadual também serão eleitos os 76 delegados que representarão a Bahia na etapa nacional.

Fonte: Assessoria da Conferência
Vigisanit/abertura

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