A Conferência Livre da Divisa, que ocorreu nesta terça-feira (22), em Salvador, teve como objetivo começar os debates que contribuirão para a construção da 1ª Conferência Estadual de Vigilância, que será realizada em novembro. Na abertura, a superintendente da Vigilância e Proteção da Saúde, Rívia Barros, destacou que a conferência representa um marco na vigilância da Bahia. Ela ainda acrescentou que o "Sistema Único de Saúde (SUS) se ergueu sobre os pilares da democracia e do controle social, através de políticas participativas e de equidade", ressaltando, com isso, a importância do evento.

Conceição Riccio, da Divisa, completou que a "conferência vem no momento oportuno, pois queremos garantir uma melhor qualidade de vida para as populações, nesse momento em que vivemos um agravamento das questões sociais e econômicas". Já o conselheiro Marcos Sampaio lembrou que, através da vigilância, o SUS chega para todas as pessoas.

E a primeira palestrante do evento, a professora Gisélia Santana, começou fazendo uma provocação: "Por que o Conselho Nacional de Saúde convoca a população para discutir Vigilância Sanitária?". De acordo com ela, parte do pressuposto da constituição que saúde é um direito de todos, "no entanto estes estão ameaçados". De acordo com a professora, este é um momento de resistência em defesa do SUS e das políticas públicas. "Por isso temos que colocar a defesa do Sistema Único de Saúde no centro dessa conferência", concluiu a palestrante.

O evento teve os seguintes temas: "O lugar da vigilância em saúde no SUS"; "Responsabilidades do Estado e dos governos com vigilância em saúde"; "Saberes práticas, processos de trabalhos e tecnologias na vigilância em saúde" e "Vigilância em saúde participativa e democrática para enfrentamento das iniquidades sociais em saúde", Riccio pontuou que é o momento de pensar que os municípios são a base do desenvolvimento das ações, além de ser necessário respeitar os saberes da comunidade.

Ascom/Sesab